Aventura no mundo dos vinhos - Vinícola Bettú

Aventura no mundo dos vinhos - Vinícola Bettú
Vinhos da vinícola Bettú tem um toque de amor e uma dedicação singular - Foto: Thiago Monteiro

Manaus - Entrar no mundo dos vinhos não é uma das tarefas mais simples do mundo. Você precisa de uma boa dedicação, leitura, conhecimento sobre uvas, harmonização, prestar atenção em dicas, ter um paladar e olfato bem apurados, ou seja, em um primeiro momento ao comprar uma garrafa parece ser muito simples (basta ter dinheiro né?), mas ao adentrar nesse mundo fascinante você sempre quer conhecer mais e mais. É uma mistura de novos conhecimentos com a vontade de tomar uma boa taça do Deus Baco.

Já tive experiências ótimas com vinhos portugueses, franceses, italianos, sul-africanos, uruguaios, chilenos, mas nada melhor do que conhecer rótulos que são produzidos no seu próprio país. Ultimamente tenho feito isso.

Minha aventura começou neste mundo quando era adolescente e tomando vinhos baratos, no entanto, eu bebia só para ficar embriagado. Hoje eu creio que bebo para conhecer novos rótulos e harmonizar com diversos tipos de culinária, seja ela amazônica, francesa, italiana ou até mesmo uma mistura de queijos com vinhos. 

Mas sem mais delongas, vou contar a minha última experiência com vinhos para iniciar essa coluna - The Wine - para falar de vinhos elaborados pelo senhor Vilmar Bettú (conhecido como a lenda Viva do Vinho Brasileiro), que tem uma vinícola em Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Há alguns meses eu estava em um grupo de WhatsApp, onde predomina o assunto sobre vinhos e recebi uma notícia interessante, mas tão interessante, que eu resolvi encomendar os rótulos elaborados pelo Sr. Bettú e degustar algo bom e novo.

Primeiramente, adicionei o senhor Vilmar no facebook, conversei com ele por lá, também trocamos alguns emails, e eu disse que estava querendo experimentar alguns vinhos produzidos por ele e então recebi a seguinte resposta:

"Elaborados à moda antiga, os vinhos de Vilmar Bettú nascem a partir de microvinificações, cujas quantidades são bastante limitadas. Todas as uvas utilizadas no processo são pisadas, garantindo assim uma identidade exclusiva.

Cabe destacar que a pisa das uvas não é uma atração, mas sim um sério método ancestral cujas vantagens se refletem nos vinhos: a suavidade com que os grãos são esmagados pelos pés não destroem as sementes e engaços, o que garante a ausência de características indesejáveis que resultam ao se esmagar as uvas de forma mecânica. Bem pelo contrário: o processo confere distintos aromas e sabores aos vinhos desta forma elaborados.

Outro aspecto relevante é a ausência de filtragens e de clarificações: os Vinhos Bettú passam somente pelo processo natural de decantação através do controle da temperatura e do estágio em recipientes por um longo tempo antes de serem envasados, preservando assim as características de forma íntegra.

Rolhas naturais de elevada qualidade são imprescindíveis quando se elabora vinhos com elevado potencial de guarda, e por isso selecionamos criteriosamente nossos fornecedores.

Acreditamos que o conteúdo de cada garrafa é o que as torna únicas, e terá sempre importância superior a dos adereços utilizados. Consequentemente, preferimos manter a simplicidade em nossos rótulos e garrafas".

Fiquei muito curioso com a resposta e ao olhar os rótulos escolhi um cabernet, chardonnay, tannat e malbec. Desses eu ainda não experiementei o cabernet, os outros o que posso falar são ótimos vinhos. O que mais me chamou atenção foi o chardonnay, até porque todos os chardonnay que ando provando da Serra Gaúcha são ótimos. Esse tem uma singularidade e um gosto especial na boca. É aquela velha história ou você gosta ou não gosta.

Os outros rótulos me lembraram vinhos italianos, que combinaram com uma boa carne assada e demonstraram todo o seu valor. Nessa história só falta conhecer o cabernet, que será utilizado em uma ocasião especial, mas isso será em uma nova história que contarei aqui nessa coluna.

 

Por Thiago Monteiro - Jornalista