Especialista em segurança da informação dá dicas de como se proteger de golpes via Pix

Profissional da Prodam aponta maneiras de tornar essa operação mais segura

Especialista em segurança da informação dá dicas de como se proteger de golpes via Pix

Manaus - “Pagar com Pix é seguro do ponto de vista da operação bancária, mas isso não impede que as pessoas caiam em golpes de criminosos que se aproveitam da facilidade da transferência instantânea de dinheiro”. A afirmação é da especialista em segurança da informação da empresa Processamento de Dados Amazonas S.A. (Prodam), Lilian Gibson.
 
Segundo Lilian, tecnicamente, as operações via Pix são seguras da mesma forma que qualquer outra operação bancária, como TED ou DOC. A fragilidade do processo está na vulnerabilidade do usuário final, principal alvo dos golpes de engenharia social.
 
“Engenharia social é a habilidade dos criminosos para criar pretextos, discursos e histórias que induzam a vítima a fornecer dados que não deveria fornecer. Quando falamos em Pix, vemos essa técnica sendo aplicada quando a pessoa faz um pagamento via link ou QR code sem conferir se o destinatário está correto, por exemplo”, explica.
 
Lilian alerta que, nas operações via Pix, é necessário ter atenção redobrada ao uso de aplicativos de trocas de mensagens e durante as compras on-line. Uma das formas mais comuns de golpe, segundo a especialista, é quando acontece a clonagem de Whatsapp.
 
“Geralmente, você recebe uma mensagem de um parente ou um amigo que diz que teve o número do Whatsapp clonado e que te pede uma transferência via Pix, fornecendo um código de pagamento ou chave que está em nome de terceiros. Nesses casos, a primeira coisa a fazer é desconfiar e tentar falar com a pessoa que você imagina estar falando por outro meio de comunicação. Nunca faça a transferência de imediato. Também verifique o nome do dono da chave. No caso de golpes, normalmente o dono da chave é um laranja”, alerta.
 
Já quando for fazer compras on-line, Lilian alerta para nunca acessar lojas por meio de links disponibilizados por meio das redes sociais e e-mails.

“Desconfie de links em mensagens que tenham títulos chamativos, como ‘imperdível’ e ‘última chance para comprar’. Nesses casos, o indicado é acessar o site oficial da loja que está oferecendo a promoção e conferir a sua veracidade”.
 
Outro alerta é para os estabelecimentos que oferecem apenas a opção via Pix como forma de pagamento. “Não existe uma loja idônea na Internet que só ofereça essa como única opção para pagamento. Se for o caso, desconfie”.  
 
Segurança
Para aumentar o nível de segurança dessas operações, Lilian recomenda que o usuário esteja atento também aos dispositivos por meio dos quais o Pix é realizado.
 
“A maioria das pessoas faz esse tipo de transação via smartphone, então é importante garantir que seu aparelho esteja seguro. Dicas básicas que funcionam é ter um antivírus rodando no celular, sempre manter atualizado tanto o app do banco quanto os sistemas operacionais como Android ou iOS, e ativar as opções de segurança do aplicativo do seu banco. Com esses cuidados, você minimiza a possibilidade de ter seu smartphone invadido”, afirma.
 
Desde que foi implantado em fevereiro de 2020, o Pix vem tendo os mecanismos de segurança que o envolvem aprimorados pelo Banco Central. No horário entre as 20h e as 6h, o valor máximo de transferência é de R$ 1.000 (que pode ser aumentado, caso seja solicitado). Em caso de suspeita de fraudes, as instituições bancárias podem efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas.
 
“Essa ação possibilita uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários que foram vítimas de algum crime. Agora, em caso de golpes, o mais importante é realizar um Boletim de Ocorrência e informar imediatamente a instituição bancária”, disse Lilian.

 

Com informações da assessoria de imprensa