Gustavo Gambit, Especialista em Inteligência Social, dá dicas sobre carreira para jovens vestibulandos

À frente de três empresas e mais recentemente autor do ebook “Os 3 pilares da maestria social” que atraiu milhares de leitores, Gustavo Gambit propõe mudança no sistema de ensino e fala sobre os malefícios da pressão familiar

Gustavo Gambit, Especialista em Inteligência Social, dá dicas sobre carreira para jovens vestibulandos

Rio de Janeiro - Se de um lado há uma discussão sobre “ter ou não ter” a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021 - adiado em função da pandemia do coronavírus - de outro, há quem queira pôr um fim nessa questão. O exame, que é a porta de acesso ao ensino superior no Brasil, avalia, em duas etapas, o conhecimento dos candidatos, acumulado ao longo de anos, e define o futuro profissional de milhões de brasileiros. A maioria, jovens com idades entre 17 e 19 anos.

“Não acredito que faça sentido jovens terem de escolher o que querem fazer pelo resto da vida nesta fase da vida, totalmente inexperientes e despreparados. Tenho sugerido a eles que só tomem essa decisão e prestem vestibular depois de um período prático, onde conheçam a profissão que desejam exercer, que façam trabalhos voluntários, se conectem com pessoas que já estão onde eles almejam estar, conheçam novas possibilidades, e depois, mais amadurecidas, tomem essa decisão”, orienta o empresário Gustavo Gambit, que se tornou influenciador após atrair milhares de seguidores.

Para ele, uma mudança no sistema de ensino poderia ajudar no futuro e na carreira dos jovens.  “Passamos anos na escola obrigados a aprender coisas que nunca mais usaremos. Enquanto isso, deixamos de lado a oportunidade de abordar pontos que serão úteis para a vida pessoal e profissional de qualquer pessoa na sociedade. Não temos, por exemplo, inteligência social como comunicação, oratória e persuasão, ou até mesmo educação financeira, inteligência emocional e etc., são milhares de horas de história do passado e nenhum minuto das coisas que realmente definem nosso futuro, e isso é um absurdo!”, pondera.

À frente de três empresas e mais recentemente autor do ebook “Os 3 pilares da maestria social” que atraiu milhares de leitores, Gustavo Gambit também destaca que, muitas vezes, a pressão social, vinda da própria família, pode atrapalhar na tomada de decisão do jovem.

“Está tudo bem o advogado ser advogado, o engenheiro ser engenheiro e o médico ser médico, desde que seja por vocação ou amor, e não por pressão social ou familiar, porque supostamente estas profissões vão pagar melhor e garantir um futuro financeiro. Isso é uma bobagem! As últimas décadas mostraram que o topo do sucesso financeiro está sempre com quem ama o que faz e joga em alto nível, o famoso "all in". Se a pessoa toma essa decisão baseada em falsas promessas de um modelo arcaico de carreira profissional, ou porque é a “carreira da família” e a vontade do pai, aí está a receita não só a receita para o insucesso profissional, mas também para a infelicidade pessoal."

Para as pessoas nesta posição, Gustavo deixa um exercício de cinco perguntas que podem levar à essa decisão:

1 - Você conhece, já conversou e se conectou com alguém que você admira na sua futura disciplina/carreira?

2 - Você já viu na prática a rotina e o dia-a-dia dele?

3 - Você se imagina fazendo isso diariamente e se sentindo realizado e feliz?

4 - Essa pessoa tem o resultado profissional e financeiro que você deseja?

5 - Você já atuou de alguma forma nesse mercado ou treinou com alguém que exerce isso?

Se pra qualquer uma dessas perguntas, a resposta for não, esqueça a teoria e os estudos genéricos exigidos nas provas, e vá para a prática colocar a mão na massa até estar certo disso. Pode parecer uma perda de tempo tirar 6 meses a 1 ano fazendo isso, mas a maior perda de tempo, energia e dinheiro, é estudar muito para fazer uma faculdade onde, após alguns anos, você vai descobrir que não era o que queria e largar o curso. E isso ainda é muito menos pior do que aqueles que se formam e sofrem exercendo ou sequer exercem e apenas guardam um pedaço de papel chique na gaveta.

O Enem deste ano será aplicado apenas em 2021. As provas impressas nos dias 17 e 24 de janeiro, para 5,7 milhões inscritos; a prova digital, em 31 de janeiro e 7 de fevereiro, para 96 mil inscritos e a reaplicação da prova nos dias 24 e 25 de fevereiro (para os candidatos que foram afetados por eventuais problemas de estrutura). O resultado será divulgado a partir dos dia 29 de março.

 

Com informações da assessoria de imprensa