William Alemão mobiliza vereadores para resgatar o turismo no Centro Histórico de Manaus

A proposta é dividir a referida comitiva em três grupos, para que façam o mesmo roteiro (ou ir até mais além), no sentido de buscar meios que possam viabilizar o resgate do turismo

William Alemão mobiliza vereadores para resgatar o turismo no Centro Histórico de Manaus
William Alemão voltou a cobrar mais investimentos no setor por parte do poder público, no que se refere ao resgate do Centro Histórico - Foto: Robervaldo Rocha/Dircom

Manaus - O presidente da Comissão de Turismo da Câmara Municipal de Manaus (CMM), William Alemão (Cidadania), voltou a cobrar mais investimentos no setor por parte do poder público, no que se refere ao resgate do Centro Histórico da cidade e à retomada de atividades voltadas aos ramos do negócio e eventos. O vereador apresentou um resumo da “viagem no tempo” que fez durante a semana passada, quando participou da aula “Caminho do Igarapé do Espírito Santo”, ministrada a céu aberto como parte do projeto “Manaus de Antigamente”, e convidou os outros 40 parlamentares a estar na segunda edição do evento, a ser realizada nos próximos dias.  

A proposta é dividir a referida comitiva em três grupos, para que façam o mesmo roteiro (ou  ir até mais além), no sentido de buscar meios que possam viabilizar o resgate do turismo naquela área da cidade.

“Eu me sinto confiante em poder convidar a todos vocês para esta segunda parte da visitação ao centro histórico. Somos envolvidos pelo rio Negro, pelo porto, que nos remetem a coisas belas de muitos anos atrás, mas que só quem mora aqui é que sabe.  História de Manaus que não pode continuar com o livro fechado; precisamos abri-lo e mostrá-lo para toda população. Chegou a hora de discutir o assunto nesta casa e reverberar tudo até o executivo, seja ele municipal, estadual e até federal”, sugeriu William Alemão.

A presença de Alemão e de outros dois integrantes da comissão, João Carlos (Republicanos) e Marcel Alexandre (Pode), na aula que teve início na área do Mercado Adolpho Lisboa e seguiu até a Igreja da Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, representou a primeira participação, em nove anos, de uma instância tão importante num trabalho de aprofundamento histórico, educacional e turístico, idealizado e executado pela pedagoga Gisella Vieira Braga.

Retomada
Enquanto apresentava um vídeo sobre a ação em praça pública, e mostrava problemas estruturais nos monumentos e vias percorridos, o vereador ressaltou a importância da retomada do turismo de negócio e eventos para a cidade, no período de pós-pandemia. Ele fez um comparativo de como estava a situação no setor antes das restrições impostas pela doença da Covid-19, e como pode ficar, se houver mais apoio e compromisso de todos.

“Em 2019, o turismo representava 13% do nosso PIB (Produto Interno Bruto). De cada quatro pessoas no Brasil, uma trabalha com turismo. Dessa forma, podemos medir o quão é importante esse tipo de atividade para a recuperação econômica, dos empregos. A gente precisa conhecer melhor a nossa cidade para poder vender o que ela tem de bom (e olha que não é pouca coisa) para aqueles que não a conhecem, ou seja, os turistas”, disse Alemão.  

Para destacar tópicos de uma realidade pouco conhecida dos próprios manauaras, entre outros exemplos, William Alemão citou um buraco feito por bala, na placa de identificação do Adolpho Lisboa, de 1910.

“Vocês sabiam que Manaus foi bombardeada em 1910 e que isso não está no nosso livro de história e, tampouco, é contado nas nossas escolas? Preferem dar prioridade para outros assuntos. E essa embarcação, que é uma réplica de um navio construído em 1890?”, indagou o parlamentar, no instante em que mostrava a Praça Adalberto Valle e o Centro de Atendimento ao Turista da Praça Tenreiro Aranha, na avenida Floriano Peixoto.

Contraste
Apesar de falar com saudosismo da área em questão, inclusive em relação às galerias e pontes erguidas em vias como a avenida Eduardo Ribeiro, o vereador retratou o contraste entre passado e futuro de Manaus, com a ressalva de que uma ação é necessária e urgente, para preservação do centro histórico e dos valores interligados ao mesmo.

“A visão até que fica bonita de cima, mas quando a gente se aproxima e vê esse chafariz e o que sobrou dele... Quebraram tudo. Na entrada da Matriz, essa coisa linda, quantos já foram nesse bosque? Pouquíssimas pessoas. Temos ali nessa praça, um registro do Brasil Império esquecido. Fico emocionado em falar o quão bonito foi o passeio, a aula, na certeza de que muito pode ser extraído em termos de indicações, requerimentos e projetos para a preservação e divulgação de um patrimônio que é de todos nós”, finalizou William Alemão.

 

Com informações da assessoria de imprensa