Acadêmico de Gestão e Produção Cultural da Esat/UEA lança livro ''O outro entre nós''

Lançamento será realizado nesta quarta-feira (4/01), às 14h, na biblioteca comunitária do Centro Cultural Zé Amador, em Presidente Figueiredo. Acesso gratuito

Acadêmico de Gestão e Produção Cultural da Esat/UEA lança livro ''O outro entre nós''

Manaus - O diretor da Associação dos Artistas Cênicos do Amazonas - Arte & Fato (AACA), o acadêmico Douglas Rodrigues, do curso de Especialização em Gestão e Produção Cultural da Escola Superior de Artes e Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (Esat/UEA), lançará a coletânea dramatúrgica ''O outro entre nós'' nesta quarta-feira (04/01), às 14h, na biblioteca comunitária do Centro Cultural Zé Amador, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus). A ação foi articulada pelo projeto de extensão Práticas Leitoras, em parceria com a Rede Cachoeiras de Letras de Bibliotecas Comunitárias do Amazonas.

O evento é gratuito e o lançamento faz parte do projeto de circulação ''Estrada de Rios'' trajeto retorno à primeira capital do Amazonas, via rio Negro, contemplado no edital Cultura em Rede do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura do Estado e Economia Criativa (SEC). O principal objetivo é promover diálogos e trocas artísticas fora da capital.

Para Douglas Rodrigues (AACA/Esat/UEA), este é um momento singular para disseminar a sua trajetória por três cidades do Amazonas, todas interligadas pelo rio Negro. ''Já tivemos uma receptividade acalorada em Barcelos, agora estamos promovendo em Presidente Figueiredo. E, na próxima semana, chegaremos a Novo Airão (distante 115 quilômetros da Manaus). A inserção no município garante diálogos firmes para a criação de novas dramaturgias, utilizando parte do programa cultural como oficina de ''confecção dramatúrgica'', a mesma já aplicada no Festival de Teatro em Língua Portuguesa, em São Paulo'', ressaltou.

Sobre o projeto

Segundo Douglas, a cidade de Presidente Figueiredo faz parte da sua produção artística. E ao longo da trajetória teve várias inserções no município com suas encenações, a última no aniversário da cidade com uma das obras da publicação "A estrada", cujo enredo envolve o nascimento do próprio município e a BR-174, que interliga Manaus a Boa Vista, capital de Roraima. Para ele, ao se pensar no título do edital "Cultura em rede" coloca-se em prática seus objetivos, trocando e unindo artistas de diferentes realidades neste dia tão especial. "A troca cultural no município, de forma gratuita, é espontânea e revigorante para ambos'', finalizou.

O produtor e ator Michel Guerreiro, também aluno do curso de Especialização em Gestão e Produção Cultural, salienta a importância do projeto. ''As distâncias e o custo amazônico tornam quase impossíveis projetos de circulação no interior do Amazonas. Portanto, essa integração em municípios como Presidente Figueiredo torna mais significativo transmitir cultura por meio de uma obra literária, tendo a Amazônia como pano de fundo. Hoje, publicar um livro é um ato de resistência no cenário nacional em que, a todo momento, grandes e pequenas livrarias fecham as portas. Publicar dramaturgias é um ato raro'', ressaltou.

Produção realizada por alunos da UEA

O produtor e o dramaturgo são alunos do curso de especialização em Gestão e Produção Cultural e os atores e encenadores Israel Castro e Karol Medeiros foram alunos do curso de Teatro, o que evidencia resultados revigorantes no mercado e na construção do ''novo amanhã''. Para a atriz Karol Medeiros, foi uma honra estar na montagem de "Flecha borboleta". "Esta obra circulou no Amazonas e fora dele, inclusive em um continente colonizador, reafirmando para o público nossa história originária'', explica.

A Coletânea

O livro ''O outro entre nós'' é uma trilogia com três dramaturgias independentes, mas que podem ser encenadas em sequência uma vez que fazem parte de um todo: as transformações sociais e culturais da Amazônia durante o regime militar. Trata-se de histórias da região em que os principais personagens são as populações originárias se dissipando num momento histórico da Amazônia. Todas as obras acontecem entre as décadas de 50 e 70, com enredo que aborda a fragmentação da identidade étnica regional.

 

Com informações da assessoria de imprensa