Senado pode votar a Lei do Gás nesta quinta-feira (22)

A chamada Nova Lei do Gás, já aprovada pela Câmara, muda as regras para o mercado de gás natural no Brasil

Senado pode votar a Lei do Gás nesta quinta-feira (22)
Senado poderá votar a Nova Lei do Gás na quinta-feira (22) - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Brasília - Os líderes do Senado definiram nesta segunda-feira (19), que serão votados 4 projetos na Casa a partir de quinta-feira (22), se não houver sessão do Congresso. Entre eles, a autonomia do Banco Central e o projeto de lei que liberaliza o mercado de gás.

“São 4 matérias que estão definidas pelos líderes para votar. PL do Gás, as operações compromissadas, Banco Central e concessões ferroviárias”, disse o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

A chamada Nova Lei do Gás, já aprovada pela Câmara, muda as regras para o mercado de gás natural no Brasil e pretende quebrar o monopólio da Petrobras, atrair competitividade para o setor e, assim, baratear o insumo. A proposta –assim como o novo marco do saneamento– é vista como 1 incentivo para a retomada econômica depois do pico da pandemia de covid-19 por meio de investimentos da iniciativa privada. Os críticos, porém, afirmam que, do jeito que está, o texto não deve trazer o impacto desejado.

Já o projeto que dá autonomia à autoridade monetária (que foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado), estabelece que o presidente do BC só poderá ser demitido se o Conselho Monetário Nacional pedir e o pedido for aprovado pelos senadores.

A aprovação da proposta representaria 1 alento para o mercado financeiro ainda apostar na agenda econômica do governo Bolsonaro.

Outra proposta citada por Bezerra Coelho, o Projeto de Lei nº 3.877, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), permite que o Banco Central receba depósitos voluntários (à vista ou a prazo) das instituições financeiras, em substituição às chamadas operações compromissadas.

A ideia foi apresentada no contexto dos efeitos econômicos decorrentes da pandemia de covid-19. O autor do texto escreve na justificativa que o PL pretende fazer dos depósitos voluntários 1 novo instrumento de gestão da liquidez da economia para permitir a redução gradual do volume de títulos do Tesouro Nacional na carteira do BC.